Promete-me que nada mudou, que eu prometo-te o meu coração. Esse já com fraco palpitar, gasto pela vida e pelas lágrimas já enxutas. Coração sem jeito nem com jeito de se emendar, sem sítio por onde deixar a linha cozer.
Promete-me a eterna sensação de proximidade, que eu prometo-te o meu corpo. Esse já moreno pela acção do sol, mas frágil ao toque. Corpo que reclama pelo teu e anseia sítio onde se deitar.
Promete-me a insanidade, e eu prometo-te a minha alma invisível, quase inexistente.
theme by ariana