Ao meu avô. Àquele que me soube ensinar, em dias tristes, como encontrar a felicidade. Àquele que sempre me soube destapar as janelas quando dentro de mim se encontrava a escuridão. O senhor que me ensinou a arte de amar, o poder de sorrir e a sensação de ser feliz. Àquele a que eu tenho que dar aos parabéns por ter aturado, durante estes 15 anos, todas as minhas parvoíces. Aquele que me fala com a alma, e não com a voz.
Não preciso de ser uma futura herdeira. Não preciso de qualquer herança, quando já a recebi sem pedir. São os meus 15 anos dos seus 80. Os seus 80 anos que, em 65, me ensinaram que a vida é dura mas que no final tudo fica bem. É o meu avô, a pessoa que me deram sem eu pedir, mas que eu sempre soube que necessitava. A mão enrugada que eu segurei quando a minha ainda era frágil.
O que me mostrou o Mundo na escala real, quando eu pensava que era uma miniatura. O que me alertou para os perigos do dia-a-dia, mas que também soube dizer: vou estar lá para ti. O modelo a seguir, um segundo pai. Os 15 anos que passei a seu lado e que nunca me arrependi, nem nunca me irei arrepender. Que venham mais dores de cabeça da minha parte, e mais doçura da sua.
Um avô... é alguém que já experimentou as dificuldades da vida na pele, e que nos vem para nos prevenir delas.
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