A sua voz harmoniosa.
O toque suave da sua pele.
Os seus olhos de azul vibrante.
O seu sorriso igual aos dos anjos.
Os seus cabelos sedosos e dourados.
Lábios carnudos e vermelhos, beijadores.
Tudo aspectos que me fazem querê-la mais. Todos esses pequenos detalhes que me fazem ver para além do mar negro que sempre existeu em mim. Que me faz observar por dentro do amor. O amor e ela... Ela é o único poema que alguma vez eu quis escrever. O único que alguma vez me fugiu pela tinta da caneta para a folha do papel e me fez, realmente, perguntar de quem se trataria.
Já era caso para sentir saudade, mesmo antes de a conhecer. É como se já tivesse traçado. Uma linha ténue e ingénua, na qual eu me mostrava obrigado a sentir saudade de quem eu nunca conhecera. Mas imagino-a na minha cabeça... Com a sua voz harmoniosa e com o toque suave da sua pele. Já consegui reconhecê-la entre os meus sonhos... Com os seus olhos de azul vibrante e com o seu sorriso igual aos dos anjos. Entre os meus poemas... Com os seus cabelos sedosos e dourados e com os seus lábios carnudos e vermelhos, beijadores. Entre aquilo que ainda me resta a escrever... Ela... E naquilo que já escrevi. Reconheço-a que nem letra da canção mais tocada no meu coração.
Imagino-a com o nome de Lola.
Todos os títulos do meu poema, desde que a consegui imaginar na minha começa, começaram a ser A Ninfa Lola. Ela trata-se de uma ninfa, oh, trata-se sim. Das mais belas e desejadas ninfas. É a minha querida Lola, que vagueia entre o meu papel e a minha caneta. Que vagueia entre os meus sonhos, nunca se transmitindo para a realidade.
hoje deu-me para escrever na perspectiva de um homem.
theme by ariana