Às vezes comparo-me com a lua: sozinha no meio de tanto escuro... tanto vazio. Mas tenho sempre pequenos pontos brilhantes para me acompanharem.
Ontem fui ver a lua.
Na noite escura, a lua mostrava-se lá no alto. Mostrava-se lá no alto juntamente com as estrelas.
Fui ver a lua enquanto o vento fugia por entre os meus cabelos e me batia na cara; enquanto caminhava por entre a poeira da terra e das ervas que se encontravam a meio do caminho. Fui ver a lua e as estrelas lá ao fundo, quase que jurei que se andasse mais um pouco as conseguia apanhar. Ou então fugir com elas.
Ontem fui ver a lua, despertar na noite escura. Observar a sua forma redonda e pálida, levantando-se lá em cima majestosa iluminando-me o resto. Aquela sim era a minha lua. Redonda, sem enganar na sua forma. Grande e rainha da escuridão que a cercava. Da noite. Das trevas. A minha lua.
Lua essa que é eterna e que me faz querer ser eterna também, para puder observar os seus contornos e a sua face pálida todas as noites enquanto me escondo na escuridão da noite. Lua essa que em mim reside, que não me deixa ter medo da escuridão.
Ontem fui ver a lua ao mato, absorver-me daquilo que me preocupa - da realidade -, e não queria voltar para a realidade.
theme by ariana